quarta-feira, 21 de março de 2012

Minha família



Todo mundo tem ou teve uma família, porque sem um pai e sem uma mãe a gente não tem como chegar, a não ser pelo laboratório, mesmo assim pertenceremos a uma familia.
Tem familia que tem pai, mãe e filhos. Tem familia que não tem filhos, tem familia que não tem pai, tem familia que não tem mãe, tem familia que tem dois pais, tem famila que tem duas mães, e quantas outras formas pudermos imaginar.
Uma das descrições que encontrei é esta: um grupo social primário que influencia e é influenciado por outras pessoas e instituições. É um grupo de pessoas, ou um número de grupos domésticos ligados por descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um ancestral comum, matrimonio ou adoção.
Eu sempre admirei familias que se encontram no fim de semana pra comer todos juntos em volta de uma mesa, e ali todos se abraçam, brigam, discutem, os cunhados se suportam, uns se amam, uns se odeiam, as crianças brincam e brigam, mas sempre se encontram, porque tem uma figura central que une todas aquelas pessoas, as vezes a mãe, o pai ou uma avó. Eu não pertenci a uma destas famílias. Vasculhando meu passado percebi que a família que eu vim parece também com uma familia padrão, tenho pai e mãe vivos, e mais 3 irmãos, meus pais são casados, mas constatei que esta familia se separou, não só pela distancia que cada um mora, mas a muito tempo esta família se separou, por falta de afinidades, por falta de amor, por divergencias, todos são pessoas "de bem", mas cada um seguiu seu caminho e formou novas familias. Percebi que isso é frustrante. E descobri que não quero que aconteça isso com a família que eu construí. Agora eu tenho a minha família, dessas que estão em extinção. Eu sou a mãe, que tenho dois filhos, que têm o mesmo pai, que é meu marido. Somos como hamsters, que correm pra lá, correm pra cá, mas na hora do descanso gostam de ficar juntos e grudadinhos. Precisamos ficar grudadinhos! Quero muito que meus filhos cresçam independentes e felizes, conheçam o mundo, mas que eles sempre sintam a vontade de ficar grudadinhos de vez em quando, pra gente ver um filminho juntos, uma jantinha, um café da tarde, porque é pra isso que eu vivo!
Márcia Aleixo


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